sábado, 24 de setembro de 2011

POEMA DEMÔNIO

Nasci e cresci




Tentaram moldar-me

Por vezes conseguiam.

Outras, eu recusei.

Hoje só eu sei

Quantas vezes naquela altura

Eu recuei.

Agora já não pensam

Que sou uma boneca.

A fachada acabou.

E o inferno começou.

O demónio libertou-se.

Farto de o julgarem e humilharem.

Farto de ser maltratado e rejeitado.

Farto de dizer sim a tudo e nada questionar.

Agora acordaram o demónio.

E por isso vão pagar.

Eu sou aquela

Que lhes sussurra aos ouvidos

Que os assusta por dentro

Que lhes assombra os pesadelos.

Tentam parar-me

Inutilmente resistem.

Acabarão por cair indefesos a mim.

Eu sou a inominável

Que vagueia na escuridão.

Tentando não permanecer

No meio da solidão.

Mas o caminho é de cristal

E os segundos escoam,

Para a porta

Aproximo-me ligeira,

Mas o caminho é travado.

Eles tentam resistir,

Não me querem deixar passar.

Agora o inferno vai começar.

A fealdade acabou.

A verdade começou.

A beleza estilhaçou-se,

E o mundo deles destruiu-se.

Agora o inferno aconteceu.

O meu mundo espera-me agora.

As chamas e o sofrimento,

Queimá-los-ão, pois lutaram para as ter

Humilhando e destruindo

Rejeitando e odiando.

Merecem sofrer.

O inferno começou.

E a mentira acabou.

Agora finalmente pagarão…

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