Me encontro em meu quarto gélido e turvo
Somente em companhia de garrafas de vinho esvaídas
E taças quebradas
Por não poder me embriagar
No belo corpo de minha musa
Que se encontra a milhas e milhas de distancia
Corto meu pulso com os estilhaços
Espalhados pelo quarto
E saboreio o vinho da vida
Meus olhos se fecham
Então minha consciência desfalece
Sobrando apenas delírios com a mais bela das musas
Delírios de toques sutis e beijos intensos
Borrados de vinho por todo o seu níveo corpo
Que se contorce em espasmos de prazer
Entrelaçado a cordas
No momento em que nossos lábios
Se encontram em meio a caricias
Nossos corpos se fundem
Levando-nos ao mais puro estase.
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