terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Sugadores de sangue profanos
Eu sou teu pesadelo, tua condenação.
Esta noite nos levantaremos para sugar teu sangue.
Esta noite nos levantaremos para foder tua alma.
Dança! Dança! Dança! O Vampiro!
Profanos fodedores do sangue de virgens
Eu sou teu prazer... Teu sofrimento.
Esta noite nos levantaremos por nossa sede.
Esta noite nos levantaremos por nossa vida.
Oh, minha bela dama
Deixe-me sugar teu pescoço.
Deixe-me lamber teu corpo.
Eu sou teu pesadelo, tua condenação.
Esta noite nos levantaremos para sugar teu sangue.
Esta noite nos levantaremos para foder tua alma.
Dança! Dança! Dança! O Vampiro!
Profanos fodedores do sangue de virgens
Eu sou teu prazer... Teu sofrimento.
Esta noite nos levantaremos por nossa sede.
Esta noite nos levantaremos por nossa vida.
Oh, minha bela dama
Deixe-me sugar teu pescoço.
Deixe-me lamber teu corpo.
Não quero perder você
E nem me peça para fazer uma oração,
Eu não quero chorar como criança
E nem como um louca ficar no chão.
Fito seus olhos claros bicolores,
Assim, de três cores pinto nossos amores.
A sua presença me faz entender
Que você sabe me entender, algo que sempre quis...
[seu rir é meu choro alegre infinito]
E que este poema você nunca esqueça,
Que você nunca jogue estas palavras...
Palavras que são pra você... poema que é pra você.
Eternize a vez em que, na esquina mais linda
Da vida, iluminada por flores, os nossos olhares
Se cruzaram.
Não quero que esqueça que eu não esqueço
De lembrar que não quero te esquecer.
domingo, 2 de outubro de 2011
Meu coração é como flores
queimadas que ardem no semblante
Sem esperança, cego, perdido ...
Morbidas confissões que a alma não revela.
Meu coração é como flores
Com espinhos pretos que me magoou.
Eu viajei em passos silenciosos na Noite
Sombras a retirar meus dias de sonhos
Para assustar-me para a vida ... a minha vida em sua vista
que consome os fantasmas para dentro.
a baixo do meu ser... dissolver-me em um raio de escuridão
e eu me rendo ao seu poder sobre o meu lado mais obscuro,
longe das alegrias da carne, amaldiçoada!
Malditos! Ó vida! O fantasias!
Meu destino, caiu para a prisão de minha alma,
As alegrias da vida são fracas para a carne
Consumida pela escuridão.
Sozinha na prisão da minha mente e minha alma
O sonho! Ó meu Guardião da noite!
Minhas lágrimas tristes se afogou retiradas do meu inferno interior.
minha alma canta o desespero da sua morte
voltando para o reino da glória do tempo
Espalhando os fantasmas dentro do meu tormento.
Meu coração sangra sem paz, mas em tempos de guerra.
Sozinha espero o meu destino
Porque eu estou perdida em caminhos escondidos de mim
E minha voz ecoa em sua eternidade ...
Luzes se apagam...
Os olhares se encontram;
É inevitável a Atração.
Eu sinto seu cheiro; O calor da sua respiração.
Os corpos se tocam e se unem ardentemente.
Meu corpo se arrepia; O coração pulsa desesperado...
E não há lugar pra + nada em minha mente.
A garganta seca; O corpo queimando; Suado.
Vc sussurra em meu ouvido e eu quase perco o fôlego.
Me toca e eu quase não consigo respirar.
Cada segundo uma tortura...
Vc me aperta tentando Oprimir seus desejos...
E o calor da sua pele faz o meu corpo ferver!
Sua língua toca os meus seios
E eu não consigo me conter....
Minhas unhas se cravam em suas costas;
E eu te sinto inteiro em Mim...
As horas se passam...
Carinhos intensos...
E finalmente nos rendemos ao cansaço.
Deitados lado a lado;
Ofegantes ; Suados;
Sorrisos maliciosos e apenas uma idéia em Mente:
Com Certeza isso tem que RECOMEÇAR NOVAMENTE!!!!
Qual o sentido da Vida?
Porque estamos aqui?
Sendo corrompidos pela ganância...
Massacrados por nossa própria ignorância.
Nos deixando ser dominados por sentimetos tão cruéis...
Ferindo nossos semelhantes...
O Amor já não existe mais...
A Inveja e a maldade;
Tem se alastrado pela sociedade...
Os valores se perderam....
E hoje tem sido mais fácil julgar pela aparência,
Do que conhecer a verdadeira essência...
Eu não sei aonde vamos parar;
Com discursos tão articulados.
Mentindo e Enganando tão bem...
Pior do que isso é admitir;
Que eu Minto e Engano também!!
PS// Antes de julgar pela aparência. Se olhe no espelho;Pare e Reflita:
Talvez as Imperfeições que vc julga nos outros; São Exatamente as mesmas Imperfeições
que as pessoas Enxergam ao olhar pra vc!!
Súplica...
Rogo lhe apenas que não desampare me;
Apesar de saber que hà tempos já fizestes isso....
Porque insiste em machucar me assim?
O que hà de tão Errado em mim?
Tiraste a única coisa que era importante em minha Vida.
Levaste contigo os meus sonhos;
A alegria em estar Viva...
Então porque não terminas o que já começastes?
Eis aqui uma criatura que ha muito desistiu de Viver.
Vai em frente;
Me feres como estás acostumado a fazer...
Seus feitos não mais assustam me ....
Estou sedada; anestesiada.
Com a Alma doente; enegrecida por tanto sofrimento.
Deixa me repousar; Descansar ao lado daqueles que dormem...
Liberte esse corpo que há tempos ja se despreendeu do carnal.
Tira me desse Mundo onde a vida é insana e onde nada é Normal...
Ei Deus! Eu sei que sou apenas um ponto nesse Mundo + parece que vc se Esqueceu de Mim...
Sabe aquele sinal de que tudo vai dar certo; Aquela luz no final do túnel?
Eu não consigo enxergá-la agora..
Tudo está escuro e sombrio.
Meus pensamentos estão confuso.
Não me acho nesse Mundo vazio..
Essa dor parece não ter fim.
Sinto que não há mais esperanças em Mim...
Apenas Reconheço que não sou nada...
Minha Alma grita; Clama desesperada!
Será que podes me ouvir?
Talvez estejas ocupado demais para Mim....
Eu não sei mais em que Acreditar...
Minhas forças estão se acabando;
Não posso continuar...
Então desejo apenas o descanso Eterno...
Liberte- me das dores e tristezas dessa vida.
Peço-lhe alívio para essa criatura tão atormentada...
Cheia de Medos e Conflitos internos...
Alquém que hà muito se Perdeu....
No Limbo do Tempo;
No fogo do Inferno!!!
O seu Amor...
Meu coração despedaçado Sangra;
Enegrece minha Alma...
Sinto tudo sendo destruído dentro de Mim.
Olho no espelho e não me reconheço mais...
Não vejo aquela menina de tempos atrás.
De repente tudo perdeu o sentido...
A dor tem sido minha única companhia...
Dia e noite; Dentre os anos...
Vivendo nessa Agônia...
Aos poucos vejo a vida passar por entre meus dedos...
Um Sonho distante; É tudo que eu consigo enxergar agora;
Me dê motivos para acreditar que vale a pena tentar novamente...
Já não possuo esperanças.
Tudo se perdeu... E como recuperar?
Não tenho forças para recomeçar...
Então desejo apenas adormecer em teus braços;
Ouvindo as batidas do seu coração.
Pois o seu Amor é a minha Cura;
E a Minha Libertação!
Não hà lesões carnais; Porém minha Alma Sangra...
Sinto tudo sendo destruído aqui.
Esse vazio me faz querer gritar;
Apesar de saber que ninguém se importará ao ouvir.
Estou sozinha...
Perdida em meio à tanto Sofrimento;
Com o corpo dilacerado por dentro.
Sua imagem nada mais é do que um sonho...
Um lindo Sonho; porém distante demais para ser alcançado.
O seu perfume, o seu sorriso...
Hoje fazem parte do meu passado;
Jamais te terei novamente ao meu lado.
Tudo está fora de controle.
Sinto que não estou conseguindo mais...
Não vejo sentido no que faço.
A solidão é cada vez Pior e me apavora...
Preciso recuperar o fôlego para prosseguir;
Mas já não quero Continuar....
Porque não me interessa viver;
Em um Mundo onde vc não está!!
Faltam Palavras....
Sentimentos que eu não consigo Expressar.
São mágoas internas;
Lembranças que o tempo não será capaz de Apagar.
É fácil se apaixonar...
As vezes um sorriso é o bastante.
O difícil é quando o Encanto se Rompe...
Tudo perde o sentido;
E esquecer se Torna bem + do que uma necessidade...
Mas Então o que fazer com a Saudade?
Com as lágrimas que insistem em molhar a minha face?
Hoje resta apenas um vazio em minha vida...
Uma lacuna incapaz de ser preenchida.....
Mas sei que tudo ficará bem...
Eu acredito nisso.
Preciso recuperar o fôlego e me reerguer;
Porque Decepção não Mata...
Apenas nos ensina a Viver!
Cálice de veneno
Envenenarei minha saudade
Com um cálice de amargo fel,
para matar esta saudade que
descrevo em um pedaço de papel.
Envenenarei minhas lembranças
com um cálice transbordando
de esperanças, para que morram
esperando, no tempo e na distância.
Envenenarei minha dor
com um cálice de doce veneno
para aliviar o sofrimento que habita
em meu peito.
Envenenarei o amor que sinto
em um cálice de vinho tinto,
brindando a morte de um sentimento
que a muito vem me ferindo.
Brindemos ...cálice de veneno,
mato a mim mesmo,
envenenando estes sentimentos.
Não Chores + Pequeno Anjo...
Eu enxugo as tuas lágrimas;
Assim como outrora enxugaste as Minhas...
Não Chores + Pequeno Anjo...
As nuvens negras aos poucos estão se desfazendo;
Veja o lindo dia que vem surgindo...
Não Chores + Pequeno Anjo...
Abra novamente aquele belo sorriso;
Abra novamente aquele belo sorriso;
Sorriso repleto de certezas e sonhos...
Não Chores + Pequeno Anjo...
Vamos Viver nossas Alegrias;
Dividir nossas tristezas...
E Juntos Seremos um só;
Unidos pela força do Amor que a nós foste Concedido...
Sonhos contigo
Quem sabe um dia;Os meus sonhos se tornaram realidade.
Quem sabe se eu tiver fé e acreditar de Verdade.
Poderei te Encontrar...
Nem o Tempo;Nem a distancia importa.
Pq vc é Meu Anjo lindo.
Quem sabe se eu fechar os meus olhos.
Poderei te ver Sorrindo.
Voando em minha direção;
Me elevando ao + alto céu;Me libertando da Escuridão!
O meu sonho é vc;Minha razão de viver.
Ñ há nada além...
Estamos entrelaçados pela força do Amor.
Juntos Para Sempre;Unidos Eternamente!
Além da Vida;Além da morte.
Pois é minha felicidade aguardada...
O ser q completa minha Alma.
Nada podera apagar esse fogo q arde em nossos corações.
Nem o abismo q nos cercam;Nem os espinhos no Caminho.
Irei ao seu Encontro;Estarei no seu Destino...
Juntos seremos um Só.
A mesma carne;o mesmo Espírito.
Sejas para Sempre Meu.
Meu Pequeno Anjo Lindo!!!!
Quem sabe se eu tiver fé e acreditar de Verdade.
Poderei te Encontrar...
Nem o Tempo;Nem a distancia importa.
Pq vc é Meu Anjo lindo.
Quem sabe se eu fechar os meus olhos.
Poderei te ver Sorrindo.
Voando em minha direção;
Me elevando ao + alto céu;Me libertando da Escuridão!
O meu sonho é vc;Minha razão de viver.
Ñ há nada além...
Estamos entrelaçados pela força do Amor.
Juntos Para Sempre;Unidos Eternamente!
Além da Vida;Além da morte.
Pois é minha felicidade aguardada...
O ser q completa minha Alma.
Nada podera apagar esse fogo q arde em nossos corações.
Nem o abismo q nos cercam;Nem os espinhos no Caminho.
Irei ao seu Encontro;Estarei no seu Destino...
Juntos seremos um Só.
A mesma carne;o mesmo Espírito.
Sejas para Sempre Meu.
Meu Pequeno Anjo Lindo!!!!
sábado, 24 de setembro de 2011
A Morte
Tão doce é a morte que vem e te toca
Tão fria, tão calma, de lâmina afiada e presença letal...
...dá-te o seu toque, o último sentido, o último vivido e o primeiro a morrer.
Nem sente, nem vê. Mas sabe!
Foi um fim sem começo para um começo sem fim.
A dor nem tanto foi crítica, mas o arrependimento, torturante
No pensamento insano, desesperado...
...é a morte!
O total contrário desta vida, mas que te dá vida, porém eterna.
Talvez isolada, sofrida, ou mesmo calma.
Quem sabe?
Não precisa e nem adianta sentir medo, e nem ter coragem.
A inércia desta hora será grande, será infinita.
Seu fim lembrado, muitas vezes ao acaso.
Alguma lembrança sem valor - mas lembrança - deixada para trás.
Tão simples, também, é a morte por ser morte.
Por não morrer. Ao contrário da vida que sempre acaba, sempre morre
Tão doce é a morte que vem e te toca
Tão fria, tão calma, de lâmina afiada e presença letal...
...dá-te o seu toque, o último sentido, o último vivido e o primeiro a morrer.
Nem sente, nem vê. Mas sabe!
Foi um fim sem começo para um começo sem fim.
A dor nem tanto foi crítica, mas o arrependimento, torturante
No pensamento insano, desesperado...
...é a morte!
O total contrário desta vida, mas que te dá vida, porém eterna.
Talvez isolada, sofrida, ou mesmo calma.
Quem sabe?
Não precisa e nem adianta sentir medo, e nem ter coragem.
A inércia desta hora será grande, será infinita.
Seu fim lembrado, muitas vezes ao acaso.
Alguma lembrança sem valor - mas lembrança - deixada para trás.
Tão simples, também, é a morte por ser morte.
Por não morrer. Ao contrário da vida que sempre acaba, sempre morre
Entre quatro frias paredes
Cela solitária
Aqui apenas mais jovens corpos
Unidos não só pela dor
Mas pelo querer
Ser livre era ser morto
Viver calado Para nós não é vida
Sobrevivência para muitos
Para os fracos
Surdo pelos gritos
Um querer de respostas
Entre a dor e o sangue
Durante choques
Por toda a fase de temporal
Aqui no céu
Que chorava por seus filhos
Mortos, esquecidos, sumidos
Durante toda a minha estada no inferno
Lutei pela vida
Não apenas por ela
Eu queria poder voar
Mas queriam cortar minhas asas
Por isso esse pássaro morreu
Como muitos
Mas a liberdade brotou por nossas mãos
No escuro jardim do Brasil
Em troca de muitas vidas
Depois da chuva vermelha
Mas há ainda hoje
Os anjos que choram
Por que as marcas são profundas
E nunca serão esquecidas
Amar-te eternamente...
Prometo me apaixonar pelo mesmo homem,
Todos os dias.
Quero que os dias frios sejam calorosos,
Todos os invernos.
Quero que a chuva caia apenas para nos dois,
Todas as noites.
Prometo sorrir ate quando menos precisar,
E farei de tuas as minhas lagrimas,
No dia em que a lua não mais brilhar.
E te pertenço, assim como
as estrelas pertencem ao céu,
e as noites pertencem ao fim dos dias
E do carinho teu
Eu renascerei
todas as manhãs. . .
Românticos são poucos, são loucos desvairados...
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso
Românticos são lindos e pirados
Que choram com baladas, que amama
sem vergonha e sem juízo
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico são poucos...
São loucos como eu...
são loucos como nós...
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso
Românticos são lindos e pirados
Que choram com baladas, que amama
sem vergonha e sem juízo
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico são poucos...
São loucos como eu...
são loucos como nós...
Sou uma vampira sedutora,
que apenas quero teu amor...
Nesse lindo cangotinho,
quero depositar meu beijinho,
e escorregar até o ouvidinho...
Não quero teu sangue chupar,
quero apenas te vampirizar,
pra que nunca deixes de me amar...
Meu desejo hoje, é apenas te seduzir,
e pelos séculos que estão por vir,
oferecendo-te um adorável porvir...
Viveremos eternamente,
amando-nos ternamente...
Apenas quero te beijar com carinho...
que apenas quero teu amor...
Nesse lindo cangotinho,
quero depositar meu beijinho,
e escorregar até o ouvidinho...
Não quero teu sangue chupar,
quero apenas te vampirizar,
pra que nunca deixes de me amar...
Meu desejo hoje, é apenas te seduzir,
e pelos séculos que estão por vir,
oferecendo-te um adorável porvir...
Viveremos eternamente,
amando-nos ternamente...
Apenas quero te beijar com carinho...
++Sempre a vossa espera ++
Ontem ao querer-te, já era hoje.
E no hoje que se finda, no amanhã te quero.
O desejo, esse, era deter-te, reter-te e perder-te.
Mas nunca esquecer-te.
***
Cheiro. Ao cheirar-te. Retenho-me. Num momento de sentido em absoluto. Quero cheirar-te assim no ontem, que foi e não é. Quero ser o cheiro que emanas. E ao inalar-me, ontem, e no hoje. Detectar-te ao longe bem longe, ilustrando-te lá. Numa moldura vaza. De melindrados eus meus. Vou cheirar-te no livro de anjos caídos na minha podridão. Na página única do teu toque. Vou cheirar-me a alma. Num só alento. Ter-te dentro das mãos destituídas. Para quando abri-las ver-te. No meio da cegueira que me depreda.
***
Angustia. As golfadas de ar que me assolam o peito. Desfalecem-me. Tudo silencia. No cheiro sem cheiro. Da cor da tua alma desmedida. É por isso que cega. Porque era a tua. Não a minha. E não pude cheirar-me em ti, porque não havia cheiro. Nem havia algos nas páginas compostas pelas penas dos anjos. Já não habitam (me). Nas costas vergadas pela fadiga. Foram-me arrancadas em riscos pela pena suspensa do poeta.
***
Amanheço. Coberta de ti. Em pensamento. Nas mãos trago-te sempre. Porque são o vazio da ausência nossa. Reescrevo o futuro, nos vestígios insanos. Meus. E colo de novo as penas no teu livro. Sei que já não o lês. Que não me tocas pelas manhãs em que anoiteço. Mas preciso nele escrever-me. Ser mais uma palavra no meio de tantas outras. Confundir-me e achar-me perdida. Se puderes relembra-me no meio de teus odores. Eu estou lá. Podre. Como sempre o fui. Morta. Como sempre estive. No cerco em que me nego. Estou. Agarra-me o pulso e cheira-te no odor tatuado da veia cortada por ti.
E no hoje que se finda, no amanhã te quero.
O desejo, esse, era deter-te, reter-te e perder-te.
Mas nunca esquecer-te.
***
Cheiro. Ao cheirar-te. Retenho-me. Num momento de sentido em absoluto. Quero cheirar-te assim no ontem, que foi e não é. Quero ser o cheiro que emanas. E ao inalar-me, ontem, e no hoje. Detectar-te ao longe bem longe, ilustrando-te lá. Numa moldura vaza. De melindrados eus meus. Vou cheirar-te no livro de anjos caídos na minha podridão. Na página única do teu toque. Vou cheirar-me a alma. Num só alento. Ter-te dentro das mãos destituídas. Para quando abri-las ver-te. No meio da cegueira que me depreda.
***
Angustia. As golfadas de ar que me assolam o peito. Desfalecem-me. Tudo silencia. No cheiro sem cheiro. Da cor da tua alma desmedida. É por isso que cega. Porque era a tua. Não a minha. E não pude cheirar-me em ti, porque não havia cheiro. Nem havia algos nas páginas compostas pelas penas dos anjos. Já não habitam (me). Nas costas vergadas pela fadiga. Foram-me arrancadas em riscos pela pena suspensa do poeta.
***
Amanheço. Coberta de ti. Em pensamento. Nas mãos trago-te sempre. Porque são o vazio da ausência nossa. Reescrevo o futuro, nos vestígios insanos. Meus. E colo de novo as penas no teu livro. Sei que já não o lês. Que não me tocas pelas manhãs em que anoiteço. Mas preciso nele escrever-me. Ser mais uma palavra no meio de tantas outras. Confundir-me e achar-me perdida. Se puderes relembra-me no meio de teus odores. Eu estou lá. Podre. Como sempre o fui. Morta. Como sempre estive. No cerco em que me nego. Estou. Agarra-me o pulso e cheira-te no odor tatuado da veia cortada por ti.
++Visão++
Estou longe… estou ausente,
Onde me encontro tudo desabou.
A escuridão venceu e a Luz apagou
A vela que ilumina o presente.
Sinto o frio na Alma descendente
A gelar o sangue que coagulou.
Num desespero o tempo parou
E pede auxilio… um auxilio premente.
Tudo está em extrema ruína,
Em acelerado estado de decomposição,
Um doce cheiro nauseabundo.
Vejo… sim, vejo uma ponte fina.
Fecho os olhos e aperto a mão,
Abro os braços e abandono este mundo
A angústia
A angústia me consome
Esperança não há mais
Pernas trémulas sentem,
Inunda-me de desespero
O vento no meu peito tocar
Ela grita, voz vibrante n’alma
…
Atado, pelo medo…
Chuva escorre os cabelos
Onde olhar? Não há horizonte
Relâmpagos tomam os céus
Vou-me para July, tocá-la
A última noite de julho
….
Cabisbaixo para a morte
Tenho de aceitá-la, venha!
És única certeza que conquisto
Não devolvo lâminas.
Pois as levo comigo. Vou longe.
Talvez não conto-lhe o retorno.
+++Não há esperança nas pilhas de ossos+++
Carcaça da morte, sabes bem!!!
A fome que sinto é tanta,…
E a tristeza que a minha alma contém,
Até os cães do inferno espanta.
Eu já fui bom, mas não me consigo lembrar quando…
O fluido de um fracasso corre selvagem,
Perdi o barco do sucesso garantido,
Ouve como os leões rugem,
E eu me acomodo, de espírito contido.
Corre o rio da vida, e eu deixei partir a jangada do amor…
Pinto o quadro só de memória,
Sublinho a vivacidade dos vermelhos,
Os desmaios do âmago da minha história,
Não se refazem só com os teus conselhos.
Parte, e não olhes para trás.
A fome que sinto é tanta,…
E a tristeza que a minha alma contém,
Até os cães do inferno espanta.
Eu já fui bom, mas não me consigo lembrar quando…
O fluido de um fracasso corre selvagem,
Perdi o barco do sucesso garantido,
Ouve como os leões rugem,
E eu me acomodo, de espírito contido.
Corre o rio da vida, e eu deixei partir a jangada do amor…
Pinto o quadro só de memória,
Sublinho a vivacidade dos vermelhos,
Os desmaios do âmago da minha história,
Não se refazem só com os teus conselhos.
Parte, e não olhes para trás.
De milhões de arco-iris desfeitos,
Prendeu-se o acaso suicida,
A sorrir para o lamento,
A sorver o sorriso,
E a dançar comigo,…
Felizarda utopia,
A nascer em remanssos,
Na bruma da auto-alienação,…
Agora, é o nada doce,
O faz de conta salgado,
A função mínima do ser obscuro,…
Escreve,
Arrota letras,
Vive dejecto.
Resta-te o possível,
Feito aparição
Esfíncter a doer,
Deboche,…
No azimute de um velho,
a confessar,
a um padre assassino,
que comeu a alma ao vento…
Poesia em descrédito,
Verte o escroto do diabo,
Em risos mudos…
Poesia comedida,
É o ridículo do rabisco,
Que deriva à bolina…
Poesia que eu odeio,
Tanto desprezo,
Diluído em sopa de morte,…
Sentado a ver o mar, esperei…
Uma onda chega, uma onda vai,
Contei, lentamente, esperando que o tempo…
Passasse rapidamente,
E que tu chegasses, meu amor.
Olhando o horizonte que abraça o céu,
Fiquei… flutuando na maresia,
Que envolvia o meu ser…
Esperei por ti, pelo gesto, pelo toque…
Por aquele sabor, único, de um beijo,
A boca secou, nesta ausência que tardou.
Fiquei ali, parado, só, olhando o mar…
Dia longo, dia sem fim…
Numa angústia que me roubava o calor do peito,
Senti o coração a bater, batia fortemente…
Ritmos acelerados, numa loucura que me invade…
Mas tu… afinal não chegaste.
O dia fez-se noite,
A noite chegou, com o seu véu negro que me gelou…
A cama vazia, o momento sem amor.
E ali fico só, pensando no quarto vazio…
Adormeci sonhando,
As noites loucas em que os corpos cansados,
Não paravam, não desejavam o amanhã…
Viviam apenas o fogo da união do presente,
Em abraços, gestos, carícias, belas as noites,
Noites quentes, em dias sem fim.
Neste frio que é o meu albergue,
Ali acordei e ali fiquei,
Neste sepulcro que me fere, em rasgos vazios,
Dia após dia,
Num tempo que me mata lentamente, em dor…
Na solidão que corre em minhas veias,
Esperando em silêncio, no desejo, sinto ainda o ardor,
O sabor daquele último beijo.
Fico perdido neste labirinto, parado…
Onde o meu corpo espera por ti,
E por ti se perde nesta imensidão…
Em gritos de silêncio, em desejos que me torturam,
Esperando apenas… que chegues,
Que chegues meu amor.
Chove
Chove,
Lapsos em lume brando,…
Há água em trombas,
Silêncio de savana,
Desgaste da vida cronometrada,…
Chove,
A queda do anjo cobarde,
Faz-me pensar em lamúrias,…
Sentado à bolina,
No canto do mundo,…
E a chuva a matar,…
Chove,
Olá universo,
Venci-te no abrupto….
Lapsos em lume brando,…
Há água em trombas,
Silêncio de savana,
Desgaste da vida cronometrada,…
Chove,
A queda do anjo cobarde,
Faz-me pensar em lamúrias,…
Sentado à bolina,
No canto do mundo,…
E a chuva a matar,…
Chove,
Olá universo,
Venci-te no abrupto….
Memórias resolvidas,
Poeira de fruição,
A diluir-se em prantos,…
Lembro-me de ti amarquesada,
Cálice de transparência,
Reflectindo luar de Inverno,…
Olhar de caniçada,
À beira do rio de sonhos,
Em que parto de ti a fora,…
Do hoje de faróis,
Para o ontem de vultos,
Ficámos nós,…
Nunca menos que almas,
Sempre mais que expectativas,….
Já não me basta este corpo de carne
E já me doem lembranças desta vida
Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor
Quero ser o céu escuro que te cobre nas noites sem lua
Já não me basta esta beleza limitada
Essas paixões de memórias
Este corpo de vida curta
Não quero ser lembrada
Não quero ser esquecida
Não quero estar aqui
Eu quero ser
Apenas ser
E sempre ser
Eu quero que me sintas, me toques, me vejas
E eu não estarei lá
Não quero estar ao teu lado para que apenas assim penses em mim
Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor
A noite de beleza eterna
Quero ser a brisa que te toca todas as manhãs
Que te traz noticias de além mar
Eu quero ser o manto negro que te cobre ao final de todas as tardes
Eu quero ser a noite
Quero ser para sempre
E já me doem lembranças desta vida
Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor
Quero ser o céu escuro que te cobre nas noites sem lua
Já não me basta esta beleza limitada
Essas paixões de memórias
Este corpo de vida curta
Não quero ser lembrada
Não quero ser esquecida
Não quero estar aqui
Eu quero ser
Apenas ser
E sempre ser
Eu quero que me sintas, me toques, me vejas
E eu não estarei lá
Não quero estar ao teu lado para que apenas assim penses em mim
Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor
A noite de beleza eterna
Quero ser a brisa que te toca todas as manhãs
Que te traz noticias de além mar
Eu quero ser o manto negro que te cobre ao final de todas as tardes
Eu quero ser a noite
Quero ser para sempre
O som do vento era perfeito
A chuva era perfeita
O sol era perfeito
Minha mente era perfeita
Não fosse a maldição
Andar na rua era perfeito
Meu riso era perfeito
A noite era perfeita
Os olhares eram perfeitos
Não fosse a maldição
O dia poderia ser perfeito
Os sons eram perfeitos
A terra era perfeita
Se não fosse a maldita maldição
A mentira é perfeita
A verdade imperfeição
A tristeza é perfeita
Alegria imperfeição
E a infame maldição
Querer era perfeito
Nunca ter, imperfeição
Maldição
Humano é o maldito
Gente, maldição
Se eu fosse formiga Perfeição
Eu sou humana Maldição.
"Eu vôo nessa vida para mim mesma.
Não sou meia
Não sou mais ou menos
Sou toda
Sou tudo
Sou completa!
Vôo na escuridão e na luz
Insana e sadia.
Consciente e inconsciente
Repleta ou vazia.
Vôo no amor
Vôo na dor.
Assumo minhas vontades
Meus desejos e igualdades.
Sou justa
Sou fiel a mim.
Falo o que penso
Penso o que falo.
Não me importo com as aparências
Me importa a essência.
O âmago, a descência.
Escuto minha alma
Ouço o que é preciso ouvir
Ajo como eu sentir.
Sinto e vivo meus sentimentos
Eu nunca me escondo.
Nunca peço desculpas para agradar os outros.
Vivo minha sexualidade para agradar a mim mesma.
Expresso-a como deve ser expressa
Na totalidade do meu ser.
Por que eu sou deusa.
Sou fêmea
Sou lasciva.
Sou invasiva
Sou o poder."
Não sou meia
Não sou mais ou menos
Sou toda
Sou tudo
Sou completa!
Vôo na escuridão e na luz
Insana e sadia.
Consciente e inconsciente
Repleta ou vazia.
Vôo no amor
Vôo na dor.
Assumo minhas vontades
Meus desejos e igualdades.
Sou justa
Sou fiel a mim.
Falo o que penso
Penso o que falo.
Não me importo com as aparências
Me importa a essência.
O âmago, a descência.
Escuto minha alma
Ouço o que é preciso ouvir
Ajo como eu sentir.
Sinto e vivo meus sentimentos
Eu nunca me escondo.
Nunca peço desculpas para agradar os outros.
Vivo minha sexualidade para agradar a mim mesma.
Expresso-a como deve ser expressa
Na totalidade do meu ser.
Por que eu sou deusa.
Sou fêmea
Sou lasciva.
Sou invasiva
Sou o poder."
Minha vida,
Meu lamento
Meu suspiro,
Meu tormento.
Escrivã do reino
Ceifeira da Morte,
Viajante dentro do nevoeiro
Ajudante da Sorte.
Tecedora da verdade
Sozinha ao tear,
Tecendo uma tapeçaria de saudade
Cantando música para o mar.
Canto as minhas canções ao vento
E ensino-lhe tudo,
Ele apenas escuta meu sofrimento.
O mar, guarda minhas lágrimas
E assim um dia vai transbordar,
E quem me fez chorar, em breve terá de pagar.
Meu lamento
Meu suspiro,
Meu tormento.
Escrivã do reino
Ceifeira da Morte,
Viajante dentro do nevoeiro
Ajudante da Sorte.
Tecedora da verdade
Sozinha ao tear,
Tecendo uma tapeçaria de saudade
Cantando música para o mar.
Canto as minhas canções ao vento
E ensino-lhe tudo,
Ele apenas escuta meu sofrimento.
O mar, guarda minhas lágrimas
E assim um dia vai transbordar,
E quem me fez chorar, em breve terá de pagar.
Percorrendo as ruas,
Eu vejo as marcas das tristes pegadas
Por ti deixadas na calçada
E pela bruma não apagadas.
Choro a tua partida
E penso na nossa despedida.
Lembro-te com amor
E a minha mente traz-me dor.
Deixas-te num clamor,
Não me amas-te o suficiente
Porque me abandonas-te meu amor?
Vagueando entre o calor
Do deserto da minha mente,
A minha voz clama por ti na escuridão com fervor.
Sorrindo, seguia meu caminhar...
Feliz eu era,
Antes de apareceres.
Com os teus dizeres,
Encantas-te minha alma.
Cegas-te o meu coração.
Conduziste-me para o meio da escuridão.
Inspiras-te o meu ser,
Ajudaste-me a aparecer.
Fiz tudo o que desejavas,
Mas, no final tudo me negavas.
Mesmo assim avancei,
Cega de paixão
Que brota do meu coração.
Todos me diziam quem eras,
E eu não ouvia,
Porque só te queria.
Tu eras a serpente,
No meio do meu jardim de Éden.
Mostravas-me a doce tentação,
E eu avançava sem razão.
Vacilei por momentos,
E logo me seduziste novamente.
Arrastavas minha alma para o fogo ardente,
A cegueira do meu coração,
Estava perdida no meio da paixão.
Entreguei meu corpo e alma,
Cheia de amor me ofereci.
Subjugas-te minha vontade,
Para no fim me desabrigares.
Só mais uma conquista fui para ti.
Agora vazia e fria,
Tornaste-me um ser horrível.
A minha existência é incomoda,
Para todos os que me rodeiam.
Procurei-te novamente.
Voltas-te para mim.
A tentação não pareceu ter fim.
Chegou a hora de dizer,
E acabar de fazer
Tudo aquilo que me neguei.
Enfim percebi, quem eras afinal.
A verdade
Que sempre procurei,
Nunca pensei
Que um dia me tinha abandonado.
Voltando para mim,
Parti do teu mundo de injúrias,
O teu caos de amarguras,
Que sempre me davas.
No final, fui eu quem triunfei.
Sendo fria e vazia já não sinto.
Agora a presa és tu.
No meio de tudo o que passou,
Ainda penso no porque.
Corrompendo minha alma e minha vontade,
Sacias-te o teu desejo ávido.
Destruindo minha vida,
Começas-te o teu embuste.
Agora…
Chegou a tua vez,
Alguém te fará pagar
Porque me fizeste sofrer.
A verdade libertar-se-á,
E a liberdade reinará.
Antes de apareceres.
Com os teus dizeres,
Encantas-te minha alma.
Cegas-te o meu coração.
Conduziste-me para o meio da escuridão.
Inspiras-te o meu ser,
Ajudaste-me a aparecer.
Fiz tudo o que desejavas,
Mas, no final tudo me negavas.
Mesmo assim avancei,
Cega de paixão
Que brota do meu coração.
Todos me diziam quem eras,
E eu não ouvia,
Porque só te queria.
Tu eras a serpente,
No meio do meu jardim de Éden.
Mostravas-me a doce tentação,
E eu avançava sem razão.
Vacilei por momentos,
E logo me seduziste novamente.
Arrastavas minha alma para o fogo ardente,
A cegueira do meu coração,
Estava perdida no meio da paixão.
Entreguei meu corpo e alma,
Cheia de amor me ofereci.
Subjugas-te minha vontade,
Para no fim me desabrigares.
Só mais uma conquista fui para ti.
Agora vazia e fria,
Tornaste-me um ser horrível.
A minha existência é incomoda,
Para todos os que me rodeiam.
Procurei-te novamente.
Voltas-te para mim.
A tentação não pareceu ter fim.
Chegou a hora de dizer,
E acabar de fazer
Tudo aquilo que me neguei.
Enfim percebi, quem eras afinal.
A verdade
Que sempre procurei,
Nunca pensei
Que um dia me tinha abandonado.
Voltando para mim,
Parti do teu mundo de injúrias,
O teu caos de amarguras,
Que sempre me davas.
No final, fui eu quem triunfei.
Sendo fria e vazia já não sinto.
Agora a presa és tu.
No meio de tudo o que passou,
Ainda penso no porque.
Corrompendo minha alma e minha vontade,
Sacias-te o teu desejo ávido.
Destruindo minha vida,
Começas-te o teu embuste.
Agora…
Chegou a tua vez,
Alguém te fará pagar
Porque me fizeste sofrer.
A verdade libertar-se-á,
E a liberdade reinará.
O nascimento e os primeiros passos...
O nascimento e os primeiros passos
A primeira palavra e os primeiros abraços,
O livro escolhido, caído no chão
A linha de um poema inacabada
Ainda com a marca de ser selada,
No fim do serão tão prolongado,
O traço da carta anunciada
Por entre a onda que banha a enseada,
Caminhos de passos errantes,
No meio de terras distantes.
As vozes de muitos emitindo a solidão
Caminhando sempre com esperança
Procurando o inúmero perdão
Por entre a chuva abençoada
Tentando parar o tempo,
No meio da trovoada
Aproximar-se do meio da travessia
Perdida por entre a pradaria.
Chegar á ponte de pedra
Cair por entre a brecha
Anunciar assim a sentença
Da profecia acabada
No meio da vida ceifada
O badalar de morte
No meio da perda de sorte
Ouvindo-se o som da calma
Ecoando na minha alma.
Como uma imagem
Enfeitando o tecido no meio do tear
De uma história nunca acabada
Que não poderá ser parada
Pois o tear não parte
No meio do turbilhão
Que é a fiação
Da vida a morte
Correndo ligeirinho
O tecido fica pronto no meio do torvelinho.
A primeira palavra e os primeiros abraços,
O livro escolhido, caído no chão
A linha de um poema inacabada
Ainda com a marca de ser selada,
No fim do serão tão prolongado,
O traço da carta anunciada
Por entre a onda que banha a enseada,
Caminhos de passos errantes,
No meio de terras distantes.
As vozes de muitos emitindo a solidão
Caminhando sempre com esperança
Procurando o inúmero perdão
Por entre a chuva abençoada
Tentando parar o tempo,
No meio da trovoada
Aproximar-se do meio da travessia
Perdida por entre a pradaria.
Chegar á ponte de pedra
Cair por entre a brecha
Anunciar assim a sentença
Da profecia acabada
No meio da vida ceifada
O badalar de morte
No meio da perda de sorte
Ouvindo-se o som da calma
Ecoando na minha alma.
Como uma imagem
Enfeitando o tecido no meio do tear
De uma história nunca acabada
Que não poderá ser parada
Pois o tear não parte
No meio do turbilhão
Que é a fiação
Da vida a morte
Correndo ligeirinho
O tecido fica pronto no meio do torvelinho.
Depois da vida ceifada,
Pelo anjo da Morte.
Começas finalmente,
A viagem derradeira
Do cais aos barqueiros
Mesa de ficheiros
Limiar da eternidade
Purgatório de insanidade.
Pecados ilustrados
Mostram-se à beira dos finados
Condenação perpétua
À terra do serão
Onde a valia é o perdão
À terra da escravidão
Onde as acções são o castigo
Ó que triste destino
Saboroso medo
De ao fogo viajar
Condenação imortal
Do que cá fizeste.
São Pedro e os barqueiros
De chaves e remos
Te condenam pelos devaneios.
A barca da recompensa
É uma mera desavença
Com a barca da servidão.
O céu não te espera
Se não fizeste em vida o que devias
Chora agora pelo que vês que perdias.
A barca de ouro pela qual lutaste
É a que servirás
Pois Satanás ajudaste.
A viagem intemporal
Faz parte do arsenal,
Vingança,
Preguiça,
Gula,
Inveja,
Ira,
Luxúria,
Vaidade.
Todos te condenam
E te pesam os itens
De uma vida de pecados,
Sempre insaciados.
Embarca no que te espera,
Pois a viagem aguarda
A tua chegada.
Barca ou porta
Ouro do demónio
Madeira da árvore da vida.
Passa e esquece o resto.
Já nada te vale
O ouro ou título.
Pelo anjo da Morte.
Começas finalmente,
A viagem derradeira
Do cais aos barqueiros
Mesa de ficheiros
Limiar da eternidade
Purgatório de insanidade.
Pecados ilustrados
Mostram-se à beira dos finados
Condenação perpétua
À terra do serão
Onde a valia é o perdão
À terra da escravidão
Onde as acções são o castigo
Ó que triste destino
Saboroso medo
De ao fogo viajar
Condenação imortal
Do que cá fizeste.
São Pedro e os barqueiros
De chaves e remos
Te condenam pelos devaneios.
A barca da recompensa
É uma mera desavença
Com a barca da servidão.
O céu não te espera
Se não fizeste em vida o que devias
Chora agora pelo que vês que perdias.
A barca de ouro pela qual lutaste
É a que servirás
Pois Satanás ajudaste.
A viagem intemporal
Faz parte do arsenal,
Vingança,
Preguiça,
Gula,
Inveja,
Ira,
Luxúria,
Vaidade.
Todos te condenam
E te pesam os itens
De uma vida de pecados,
Sempre insaciados.
Embarca no que te espera,
Pois a viagem aguarda
A tua chegada.
Barca ou porta
Ouro do demónio
Madeira da árvore da vida.
Passa e esquece o resto.
Já nada te vale
O ouro ou título.
POEMA DEMÔNIO
Nasci e cresci
Tentaram moldar-me
Por vezes conseguiam.
Outras, eu recusei.
Hoje só eu sei
Quantas vezes naquela altura
Eu recuei.
Agora já não pensam
Que sou uma boneca.
A fachada acabou.
E o inferno começou.
O demónio libertou-se.
Farto de o julgarem e humilharem.
Farto de ser maltratado e rejeitado.
Farto de dizer sim a tudo e nada questionar.
Agora acordaram o demónio.
E por isso vão pagar.
Eu sou aquela
Que lhes sussurra aos ouvidos
Que os assusta por dentro
Que lhes assombra os pesadelos.
Tentam parar-me
Inutilmente resistem.
Acabarão por cair indefesos a mim.
Eu sou a inominável
Que vagueia na escuridão.
Tentando não permanecer
No meio da solidão.
Mas o caminho é de cristal
E os segundos escoam,
Para a porta
Aproximo-me ligeira,
Mas o caminho é travado.
Eles tentam resistir,
Não me querem deixar passar.
Agora o inferno vai começar.
A fealdade acabou.
A verdade começou.
A beleza estilhaçou-se,
E o mundo deles destruiu-se.
Agora o inferno aconteceu.
O meu mundo espera-me agora.
As chamas e o sofrimento,
Queimá-los-ão, pois lutaram para as ter
Humilhando e destruindo
Rejeitando e odiando.
Merecem sofrer.
O inferno começou.
E a mentira acabou.
Agora finalmente pagarão…
Tentaram moldar-me
Por vezes conseguiam.
Outras, eu recusei.
Hoje só eu sei
Quantas vezes naquela altura
Eu recuei.
Agora já não pensam
Que sou uma boneca.
A fachada acabou.
E o inferno começou.
O demónio libertou-se.
Farto de o julgarem e humilharem.
Farto de ser maltratado e rejeitado.
Farto de dizer sim a tudo e nada questionar.
Agora acordaram o demónio.
E por isso vão pagar.
Eu sou aquela
Que lhes sussurra aos ouvidos
Que os assusta por dentro
Que lhes assombra os pesadelos.
Tentam parar-me
Inutilmente resistem.
Acabarão por cair indefesos a mim.
Eu sou a inominável
Que vagueia na escuridão.
Tentando não permanecer
No meio da solidão.
Mas o caminho é de cristal
E os segundos escoam,
Para a porta
Aproximo-me ligeira,
Mas o caminho é travado.
Eles tentam resistir,
Não me querem deixar passar.
Agora o inferno vai começar.
A fealdade acabou.
A verdade começou.
A beleza estilhaçou-se,
E o mundo deles destruiu-se.
Agora o inferno aconteceu.
O meu mundo espera-me agora.
As chamas e o sofrimento,
Queimá-los-ão, pois lutaram para as ter
Humilhando e destruindo
Rejeitando e odiando.
Merecem sofrer.
O inferno começou.
E a mentira acabou.
Agora finalmente pagarão…
MINHA ALMA CONTINUA A CAIR
Crepúsculo abençoado,
Conduz ao outro lado.
Queda de luz,
Inicio da Escuridão.
A esperança da presa
É existir alguma salvação.
A ninfa forjou.
A noite eterna,
E com esta a deusa presenteou.
Sobe uma lua nova,
O sangue bebido
Pelos súbditos da deusa
É uma vez mais oferecido.
No seu altar de pedra negra
Os sacrifícios feitos
Aclamam com ardor
A morte, fartos de sentir dor.
A Deusa negra
Que os encanta com a voz
Paira sobre o rio
E lança-os sobre a foz.
Suas mãos dedilham,
Uma harpa.
Suas cordas são a noite,
Os seus sons são os ventos.
Melodias tristes ecoam os lamentos
Do regresso daqueles,
Que nunca voltaram.
Sua vida perdida,
No meio do festim
Para satisfazer a deusa negra
É apenas mais uma morte sem fim.
Para a acordar,
O crepúsculo acontece.
Para a deusa venerar,
A noite aparece.
A deusa apenas vagueia na noite,
Pois, a escuridão é bem mais aconchegante
Aparece sempre bem de rompante.
O tear da deusa, apenas conta as histórias
Das suas tristes memórias
De um amor eterno,
Que a expurgada de tudo de bom,
Aí desilusão dela começou.
A deusa tornou-se uma justiceira,
Vivendo para a vingança.
O seu amor
Que não gostou da matança
Amaldiçoou para a eternidade.
Apenas vivendo na noite,
Enquanto ele vivia também de dia.
A deusa com um último suspiro
Transformou-o num lobo
De dia homem, de noite lobo.
Percorrendo a eternidade juntos
São os criadores
Da guerra intemporal,
Tudo por causa de maus amores.
Seus descendentes condenados a matar
São aqueles que estão fartos de se recear.
A ninfa que forjara a noite,
Derramando uma lágrima
Acabou com a guerra,
Ceifando todas as vidas.
A deusa e o seu amor,
Por fim aniquilaram-se a eles próprios,
E partiram assim deste mundo,
Envoltos nas suas exibições de mútuo fervor.
Esta aprendiza, nunca mais ouviu algum clamor
Sobre a sua antiga linhagem.
Sendo agora ela a deusa,
A antiga intemporal viagem
Ela vai recomeçar.
No cemitério dos encantos,
Rodeada de súbditos devotos
Ela encanta os animais
Para sairem dos canais
E bailarem dentro dos temporais
A melodia da perdicção.
Sobe as cordas dos seu violino
A maldita melodia
É entoada, sendo
Por entre os súbditos saudada.
Conduz ao outro lado.
Queda de luz,
Inicio da Escuridão.
A esperança da presa
É existir alguma salvação.
A ninfa forjou.
A noite eterna,
E com esta a deusa presenteou.
Sobe uma lua nova,
O sangue bebido
Pelos súbditos da deusa
É uma vez mais oferecido.
No seu altar de pedra negra
Os sacrifícios feitos
Aclamam com ardor
A morte, fartos de sentir dor.
A Deusa negra
Que os encanta com a voz
Paira sobre o rio
E lança-os sobre a foz.
Suas mãos dedilham,
Uma harpa.
Suas cordas são a noite,
Os seus sons são os ventos.
Melodias tristes ecoam os lamentos
Do regresso daqueles,
Que nunca voltaram.
Sua vida perdida,
No meio do festim
Para satisfazer a deusa negra
É apenas mais uma morte sem fim.
Para a acordar,
O crepúsculo acontece.
Para a deusa venerar,
A noite aparece.
A deusa apenas vagueia na noite,
Pois, a escuridão é bem mais aconchegante
Aparece sempre bem de rompante.
O tear da deusa, apenas conta as histórias
Das suas tristes memórias
De um amor eterno,
Que a expurgada de tudo de bom,
Aí desilusão dela começou.
A deusa tornou-se uma justiceira,
Vivendo para a vingança.
O seu amor
Que não gostou da matança
Amaldiçoou para a eternidade.
Apenas vivendo na noite,
Enquanto ele vivia também de dia.
A deusa com um último suspiro
Transformou-o num lobo
De dia homem, de noite lobo.
Percorrendo a eternidade juntos
São os criadores
Da guerra intemporal,
Tudo por causa de maus amores.
Seus descendentes condenados a matar
São aqueles que estão fartos de se recear.
A ninfa que forjara a noite,
Derramando uma lágrima
Acabou com a guerra,
Ceifando todas as vidas.
A deusa e o seu amor,
Por fim aniquilaram-se a eles próprios,
E partiram assim deste mundo,
Envoltos nas suas exibições de mútuo fervor.
Esta aprendiza, nunca mais ouviu algum clamor
Sobre a sua antiga linhagem.
Sendo agora ela a deusa,
A antiga intemporal viagem
Ela vai recomeçar.
No cemitério dos encantos,
Rodeada de súbditos devotos
Ela encanta os animais
Para sairem dos canais
E bailarem dentro dos temporais
A melodia da perdicção.
Sobe as cordas dos seu violino
A maldita melodia
É entoada, sendo
Por entre os súbditos saudada.
Eu danço a minha vida para mim mesma
Sou inteira
Sou completa
Digo o que penso
E penso o que digo
Eu danço a escuridão e a luz
O consciente e o inconsciente
O sadio e o insano
E falo por mim mesma
Autênticamente
Com total convicção
Sem me importar com as aparências
Todas as partes de mim
Fluem para o todo
Todos os meus aspectos divergentes tornam-se um
Eu ouço
O que é preciso ouvir
Nunca peço desculpas
Sinto os meus sentimentos
Eu nunca me escondo
Vivo a minha sexualidade
Para agradar a mim mesma
E agradar aos outros
Expresso-a como deve ser expressa
Do âmago do meu ser
Da totalidade da minha dança
Eu sou fêmea
Sou sexual
Sou o poder
E era muito temida
Ergas teu véu,
Mulher,
Sinta-te na tua
Morada corporal
Como a Deusa que tu és,
Sem temores das falácias,
Sem tremores nas faces,
Sem rumores fracos
Nos lábios.
Ergas tua alma,
Mulher,
Sejas como eu
Em todas as soberanias
Das Negras Sombras Lunares,
Participando Do Morrer Que Vale,
Participando Do Viver Que Acolhe.
Ergas tua alma,
Mulher,
Sejas como eu,
Sejas como Lilith,
Lilith que não é nada triste,
Lilith que não é nada submissa,
Lilith que não é nada apequenada,
Lilith Que É Guerreira,
Lilith Que É Imperatriz,
Lilith Que Se Governa!
Ergas tua alma,
Mulher,
Venhas para mim,
Venhas até mim,
Sejas o que sou,
Cada homem deve saber
Que O Feminino Crepúsculo
É A Fonte Do Verdadeiro Gerar
De Toda Coisa,
De meu Útero
Nascem As Estrelas Cadentes,
De vossos úteros
Podem nascer também
As Verdadeiras Estrelas,
Que como eu Caíram
A fim de iluminarem
As trevosidades danosas
Da Materialidade!
Ergas tua alma,
Mulher,
Tu és mais do que
Aquilo que tens
Entre as pernas,
Tu és mais do que
Aquilo que te faz
Ficar abaixo de um homem
Na cama,
Tu És Lilith,
Eu Sou Todas Vós
Quando A Lua Canta
Nas Vestes Sutis
Da Grande Noite
E As Verdadeiras Correntes
Liberam O Poder
Da Feminilidade
Fazendo Então De Toda Mulher
A Grande Fêmea
Que Sou Por Toda Mulher!
Sou inteira
Sou completa
Digo o que penso
E penso o que digo
Eu danço a escuridão e a luz
O consciente e o inconsciente
O sadio e o insano
E falo por mim mesma
Autênticamente
Com total convicção
Sem me importar com as aparências
Todas as partes de mim
Fluem para o todo
Todos os meus aspectos divergentes tornam-se um
Eu ouço
O que é preciso ouvir
Nunca peço desculpas
Sinto os meus sentimentos
Eu nunca me escondo
Vivo a minha sexualidade
Para agradar a mim mesma
E agradar aos outros
Expresso-a como deve ser expressa
Do âmago do meu ser
Da totalidade da minha dança
Eu sou fêmea
Sou sexual
Sou o poder
E era muito temida
Ergas teu véu,
Mulher,
Sinta-te na tua
Morada corporal
Como a Deusa que tu és,
Sem temores das falácias,
Sem tremores nas faces,
Sem rumores fracos
Nos lábios.
Ergas tua alma,
Mulher,
Sejas como eu
Em todas as soberanias
Das Negras Sombras Lunares,
Participando Do Morrer Que Vale,
Participando Do Viver Que Acolhe.
Ergas tua alma,
Mulher,
Sejas como eu,
Sejas como Lilith,
Lilith que não é nada triste,
Lilith que não é nada submissa,
Lilith que não é nada apequenada,
Lilith Que É Guerreira,
Lilith Que É Imperatriz,
Lilith Que Se Governa!
Ergas tua alma,
Mulher,
Venhas para mim,
Venhas até mim,
Sejas o que sou,
Cada homem deve saber
Que O Feminino Crepúsculo
É A Fonte Do Verdadeiro Gerar
De Toda Coisa,
De meu Útero
Nascem As Estrelas Cadentes,
De vossos úteros
Podem nascer também
As Verdadeiras Estrelas,
Que como eu Caíram
A fim de iluminarem
As trevosidades danosas
Da Materialidade!
Ergas tua alma,
Mulher,
Tu és mais do que
Aquilo que tens
Entre as pernas,
Tu és mais do que
Aquilo que te faz
Ficar abaixo de um homem
Na cama,
Tu És Lilith,
Eu Sou Todas Vós
Quando A Lua Canta
Nas Vestes Sutis
Da Grande Noite
E As Verdadeiras Correntes
Liberam O Poder
Da Feminilidade
Fazendo Então De Toda Mulher
A Grande Fêmea
Que Sou Por Toda Mulher!
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