Crepúsculo abençoado,
Conduz ao outro lado.
Queda de luz,
Inicio da Escuridão.
A esperança da presa
É existir alguma salvação.
A ninfa forjou.
A noite eterna,
E com esta a deusa presenteou.
Sobe uma lua nova,
O sangue bebido
Pelos súbditos da deusa
É uma vez mais oferecido.
No seu altar de pedra negra
Os sacrifícios feitos
Aclamam com ardor
A morte, fartos de sentir dor.
A Deusa negra
Que os encanta com a voz
Paira sobre o rio
E lança-os sobre a foz.
Suas mãos dedilham,
Uma harpa.
Suas cordas são a noite,
Os seus sons são os ventos.
Melodias tristes ecoam os lamentos
Do regresso daqueles,
Que nunca voltaram.
Sua vida perdida,
No meio do festim
Para satisfazer a deusa negra
É apenas mais uma morte sem fim.
Para a acordar,
O crepúsculo acontece.
Para a deusa venerar,
A noite aparece.
A deusa apenas vagueia na noite,
Pois, a escuridão é bem mais aconchegante
Aparece sempre bem de rompante.
O tear da deusa, apenas conta as histórias
Das suas tristes memórias
De um amor eterno,
Que a expurgada de tudo de bom,
Aí desilusão dela começou.
A deusa tornou-se uma justiceira,
Vivendo para a vingança.
O seu amor
Que não gostou da matança
Amaldiçoou para a eternidade.
Apenas vivendo na noite,
Enquanto ele vivia também de dia.
A deusa com um último suspiro
Transformou-o num lobo
De dia homem, de noite lobo.
Percorrendo a eternidade juntos
São os criadores
Da guerra intemporal,
Tudo por causa de maus amores.
Seus descendentes condenados a matar
São aqueles que estão fartos de se recear.
A ninfa que forjara a noite,
Derramando uma lágrima
Acabou com a guerra,
Ceifando todas as vidas.
A deusa e o seu amor,
Por fim aniquilaram-se a eles próprios,
E partiram assim deste mundo,
Envoltos nas suas exibições de mútuo fervor.
Esta aprendiza, nunca mais ouviu algum clamor
Sobre a sua antiga linhagem.
Sendo agora ela a deusa,
A antiga intemporal viagem
Ela vai recomeçar.
No cemitério dos encantos,
Rodeada de súbditos devotos
Ela encanta os animais
Para sairem dos canais
E bailarem dentro dos temporais
A melodia da perdicção.
Sobe as cordas dos seu violino
A maldita melodia
É entoada, sendo
Por entre os súbditos saudada.
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